quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Madrugada de Finados

Na hora da carência, eu sou o teu teatro de amar,
Sou teu fofo, teu bebe, falo de planos e te convido pra casar...
Mas na hora boa, a hora da diversão...
Só escuto: 'sai daqui', 'vai embora' e 'agora não'.

Sou um fantoche e você brinca com meu braços fazendo eu te abraçar,
Mas quando você se sente bem, não é a minha boca que quer beijar.
Eu de tudo faço e me desfaço pra tentar te fazer feliz.
Mas na rua, te olho e disfarço, vou embora cabisbaixo com uma lagrima correndo o nariz...

Mas é assim, desse jeito que quero viver,
sendo usado feito um escravo, de prontidão a te obedecer.
Mas guria, tenho uma coisa para lhe falar,
Estou cansado de ser o seu corno manso, pronto pra te amar.

Não me deixe, eu te imploro. Deixe na tua vida eu viver,
ou então, pro inferno faço as malas - de amor morrerei (...)

Na madrugada de finados, meu peito sangra outra vez mais.
Num grito tão desesperado: 
NÃO QUERO MORRER DE AMOR JAMAIS.